Sou apenas eu ou mais gente sente falta do cronômetro nos placares de jogos de futebol no Brasil? Não sei o que acontece por aqui, mas mesmo com a proliferação de telões de alta definição nos estádios da primeira divisão do pais é muito difícil encontramos qualquer marcação de tempo durante um jogo de futebol.
Em muitos países é comum vermos o tempo de jogo de maneira evidenciada no telão, no placar ou até mesmo na altura do campo junto as placas de publicidades, como aconteceu recentemente no campeonato italiano.
Já escutei de muita gente que a não exibição de tempo de jogo era uma determinação da FIFA. Se é uma determinação da entidade máxima do futebol então porque ela coloca cronômetros até nos campeonatos organizados por ela?
Telão na Copa do Mundo de 2010
Copa do Mundo 2010 - tempo com grande destaque (foto:globoesporte.com)
Ainda falta algum tempo, mas a Copa de 2022, no Qatar, já está chamando a atenção. Além de todas as diferenças culturais, climáticas e de paisagem a Copa também ficará marcada por seus estádios suntuosos. Apesar de todas as diferenças e desafios, o Qatar quer organizar o melhor campeonato mundial de futebol de todos os tempos e para isso não está medindo esforços e principalmente dinheiro.
Um grande exemplo do poderio financeiro associado à competência arquitetônica é o Lusial Iconic Stadium, o principal estádio da Copa de 2022, nele serão realizados os jogos de abertura e a grande final. Durante o mundial o estádio terá capacidade para até 86.250 pessoas, após a Copa essa capacidade será reduzida para 20.000 espectadores. Como todos os demais estádios da Copa do Qatar, o Lusial Iconic terá diversas preocupações com a preservação do meio ambiente, proteção contra a incidência de raios ultra violeta no público e resfriamento, ambientalmente amigável, para amenizar as altas temperaturas do país.
Com um perfil côncavo, inspirado nas velas dos tradicionais barcos do Qatar, o estádio também impressiona por sua arquitetura. A cobertura que parece flutuar em cima das arquibancadas foi desenvolvida com a parte central retrátil, permitindo que o sol atue naturalmente no gramado em dias sem jogos. No entorno, toda a área de estacionamento será coberta com painéis fotovoltáicos que irão captar energia para o funcionamento do estádio e prédios vizinhos.
Planejado para ser um dos catalizadores de desenvolvimento de uma nova região ao norte de Doha, o complexo do estádio ainda vai contar com atrações turísticas, hotel, conexão direta de estradas e uma estação de metrô. Com certeza, a primeira Copa do Mundo em um país árabe será uma experiência inesquecível.
O holograma que "trouxe a vida" o rapper Tupac Shakur (morto em 1996) e impressionou a todos no último final de semana, no festival Cochella (post: NÃO É FEITIÇARIA, É TECNOLOGIA), já foi utilizado com muito sucesso no final do ano passado pela companhia T Mobile. Em uma ação de marketing para celebrar o Natal na Europa, a cantora Mariah Carey se apresentou em 5 países simultaneamente em show transmitido utilizando a mesma técnica de holografia.
Com as transmissões holográficas se tornando uma realidade cada vez mais próxima, me permito fazer um exercício de futurologia e imaginar como essas técnicas poderão ser aplicadas ao redor do mundo. Será que iremos a estádios e arenas assistir "ao vivo" uma final de Champions League, uma final de Copa do Mundo, a um Super Bowl, a playoffs da NBA, etc.?
Na verdade o futuro pode estar muito mais perto do que a gente imagina, uma vez que a Ilha/Resort do Real Madrid (post: ILHA REAL MADRID), com previsão de abertura em 2015, nos Emirados Árabes, já promete jogos de futebol em holografia como uma de suas principais atrações.
A holografia pode ser uma grande ferramenta para aumentar o domínio das grandes marcas do esporte mundial, dado que "ver de perto" os grandes astros não será mais tão difícil. Com a holografia corremos um sério risco de termos gerações inteiras de crianças no
Brasil torcendo para Barcelona, Milan, Real Madrid, Manchester United,
Bayern, etc. O futuro dirá...
Não se trata de milagre, mas podemos dizer que o rapper Snoop Dogg conseguiu ressuscitar um morto. Durante o seu show no Festival Coachella, Snoop Dogg preparou uma grande supresa para as cerca de 100 mil pessoas que acompanhavam o evento. Por meio de uma holografia, extremamente realista, o também rapper Tupac Shakur, assassinado em 1996, apareceu no palco para cantar 3 músicas, chegando até interagir com Snoop e o público.
Este ano o Clube de Regatas do Flamengo está celebrando os 100 anos do início das atividades de futebol. Após uma dessidência alguns atletas do Fluminense Football Club, resolveram sair do clube e fundar o departamento de desportos terrestres do Flamengo, dando início ao futebol do rubro negro em 1912.
Além dessa ligação histórica os dois clubes já foram vizinhos muito próximos. Em 1915 o Flamengo arrendou da família Guinle (tradicional da aristocracia carioca), o chamado Estádio da Rua Paysandú que ficava localizado na esquina das ruas Pinheiro Machado (antiga Rua Guanabara) e Paissandu, exatamente em frente ao Palácio da Guanabara, no bairro das Laranjeiras, a pouquíssimos metros do Estádio das Laranjeiras, sede do Fluminense.
O clube realizou 172 partidas no local, sendo a primeira em 1915 com uma vitória de 5 x 1 sobre o Bangu. Em 1932 já sem dinheiro para pagar o arrendamento do Estádio, o Flamengo realizou a sua última partida no local, vencendo o time do Brasil (RJ) por 5 x 0.
Estádio das Laranjeiras, Palácio Guanabara e um pedaço do Estádio da Rua Paysandu
Flamengo jogando no Estádio da Rua Paysandu com o Palácio Guanabara ao fundo.
O principal evento de MMA do mundo irá desembarcar na Suécia, mas na verdade o que está chamando mais a atenção na próxima edição do UFC não é a qualidade dos lutadores e sim a magnifica arena que vai receber a competição.
A arena Ericsson Globe é a maior construção esférica do mundo, abriga os jogos de hockey no gelo da seleção sueca e tem capacidade para até 13.850 pessoas sentadas. A versalidade da arena é tamanha que em poucas horas a pista de hockey desaparece dando lugar para um enorme espaço para variados tipos eventos esportivos, corporativos e shows. As 6 salas de conferência ajudam a transformar a arena em um dos principais destinos dos eventos de Estocolmo.
Para potencializar ainda mais as receitas, a Ericsson Globe também oferece uma excelente atração turística. Duas gondolas com grandes janelas levam os turistas até o topo do Globo, 130 metros de altura, possibilitando uma maravilhosa visão de toda cidade.
O recém inaugurado Marlins Park é uma das grandes atrações da liga norte-americana de Baseball. Casa do Miami Marlins, o estádio foi construído no lugar do antigo Orange Bowl, tem a capacidade de receber 37.442 pessoas sentadas, possui um grande teto retrátil, tem design ecologicamente sustentável (Green Building), assentos corporativos próximos ao campo, restaurantes 5 estrelas, maravilhosos camarotes e algumas inovações, como dois aquários separando o público do campo e uma escultura, de gosto duvidoso, que ganha movimentos e luzes toda vez que o time da casa faz um home run.
Apesar de tudo, o grande sucesso do novo estádio é mesmo o enorme camarote temático, The Clevelander. Com capacidade para receber até 240 pessoas ele foi decorado para trazer o clima de praia para dentro do estádio. Para animar ainda mais a festa o espaço conta com Djs, dançarinas, atrações, shows, belas atendentes, drinks variados e uma grande piscina fazendo com que o torcedor literalmente se sinta em South Beach enquanto assiste uma partida de baseball.
Com preços que variam de $50 a $100 o camarote, que só pode ser frequentado por maiores de idade, promete ser mais uma grande atração do verão de Miami.
Belas atendentes do camarote.
Escultura que ganha movimentos e luzes a cada home run do Marlins.
Infelizmente, o último final de semana foi extremamente agitado fora do campo de futebol: 1 pessoa morreu em Goiás devido ao confronto de duas "torcidas organizadas", 62 pessoas foram detidas no Rio de Janeiro enquanto esperavam para se confrontar com "torcedores" de outro clube e 10 pessoas foram presas em um jogo de futebol no Rio Grande do Sul por causa de uma briga, dentro do estádio, entre duas "torcidas" adversárias.
Enquanto não houver uma força conjunta abrangendo todas as entidades envolvidas na organização dos jogos de futebol no Brasil, esses confrontos sempre irão existir. Por que não pegamos o exemplo inglês que deu certo? A situação na Inglaterra nos anos 80 era muito pior que hoje no Brasil. Lá na Terra da Rainha a então primeira ministra Margareth Tatcher exigiu que as brigas e confusões nos estádios terminassem e foi assim que surgiu um documento que mudou de vez o futebol inglês, o chamado Relatório Taylor, que entre muitas sugestões, modificava principalmente o tratamento oferecido aos torcedores e sugeria a mudança da polícia militar por pessoas treinadas para fazerem a segurança dentro dos estádios. Será que a nossa presidenta não poderia fazer a mesma exigência e dar um basta na violência?
Aqui no Brasil parece que os Clubes que deveriam ser os maiores interessados no fim dos confrontos, são os primeiros a não darem muita importância ao tema. Será que a violências das "torcidas" não afasta o público dos estádios? Será que com esse afastamento os Clubes não deixam de arrecadar milhões em bilheteria e outras receitas? A resposta é sim para ambas as perguntas, mas infelizmente os Clubes ficam calados, como se o problema não fosse deles e sim da polícia.
Ao meu ver todos os clubes que financiam direta ou indiretamente "torcidas" envolvidas em tumultos deveriam ser punidos, seja com perda de mando de campo, pontos, rebaixamento e até exclusão do campeonato. Ora bolas, se o clube pode até ser rebaixado no caso de procurar a justiça comum para resolver algum caso da esfera esportiva, por que o clube não pode ser rebaixado se indivíduos financiados, indiretamente, por ele, matar outra pessoa?
Falta vontade para debater o tema com seriedade, falta união entre os clubes, falta o governo encarar o futebol com a devida importância, faltam pessoas preparadas para lidar com o problema, falta preparo das polícias, ou seja, falta muita coisa em nosso país.
Que fique bem claro, não sou contra torcidas organizadas dentro dos estádios, pelo contrário, acho lindo o show protaganozidado por elas e também sei que existem muitas pessoas de bem dentro das torcidas, mas não podemos mais aceitar essa situação de baderna, vandalismo e crimes.
O confronto entre "torcidas" rivais é muito comum na Polônia. Para evitar o problema o estádio Znicz Pruszków talvez tenha encontrado a mais inusitada e pior maneira do mundo de tratar os torcedores visitantes.
