30/07/2012

NOVA ORDEM MUNDIAL DO FUTEBOL



Alguns anos atrás seria inimaginável sonhar com um campeonato brasileiro com astros como Diego Forlan, Seedorf, Neymar, Vagner Love, Ronaldinho Gaúcho, Fred, Deco, Thiago Neves e tantos outros que atualmente desfilam seu talento por gramados brasileiros. Só conseguimos isso graças ao fortalecimento econômico nacional e a crise que devasta a Europa.

Até bem pouco tempo um craque brasileiro mal despontava e já era contratado por um grande clube europeu, senão vejamos o exemplo de Alexandre Pato que disputou somente o Mundial Interclubes pelo Internacional, e, já arrumou as malas rumo a Milão. O pior é que nossos craques eram contratados a preço de banana, excessão feita a venda de Denílson para o Real Betis por 31,5 milhões de euros, e depois revendidos dentro da Europa por cifras estratosféricas. Dois motivos eram os mais apontados para determinar o cenário, o primeiro econômico, já que os clubes brasileiros não tinham condições de pagar bons salários e dependiam do dinheiro de vendas, portanto os europeus se aproveitavam desta fragilidade financeira para oferecer valores irrisórios, comparado ao que iriam lucrar no futuro, e o segundo social, a alegação/desculpa para se pagar pouco era que não se sabia se o brasileiro iria se adaptar na Europa, portanto, não se podia apostar muito alto.

O curioso é que o jogador brasileiro continua com a mesma fama de boêmio e problemático, porém atualmente se um clube europeu quer tirá-lo do Brasil, tem que pagar bem mais caro, como exemplo a recente contratação de Oscar pelo Chelsea por mais de 60 milhões de reais.

Um fato que evidencia bem este cenário é o de Kaká, negociado pelo São Paulo em 2003 por 8,5 milhões de euros e revendido ao Real Madri em 2009 por 65 milhões de euros. Além disso, se observarmos as planilhas abaixo
percebemos que os valores pagos por transferências dentro da Europa são infinitamente maiores as que envolvem o mercado nacional.

Atualmente, com a Europa em crise financeira e o Brasil crescendo economicamente, poucos clubes tem condições de tirar nossos melhores jogadores do país, pois conseguimos aproximar os salários aos pagos no velho continente e com isso elevamos as multas rescisórias dos contratos, dificultando assim a saída de craques como Neymar, Ganso e Leandro Damião e de quebra ainda conseguimos repatriar ídolos como Vagner Love, Fred dentre outros.

Outro exemplo que expõe a crise econômica europeia é que o valor total de contratações feitas neste mercado em 2009 (342,3 €$) é maior que em 2011(249,5€$). Por outro lado evidenciando a fragilidade econômica brasileira recente,observamos que dentre as 50 maiores transações envolvendo jogadores do país somente 8 foram feitas por clubes brasileiros.

Abaixo apresentamos algumas planilhas para ilustrar este post:
(Clique na imagem para ampliar)



*Por Mario Bini - Diretor de Novos Negócios

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